Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 27
Filtrar
Mais filtros







Base de dados
Intervalo de ano de publicação
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(6): e00142021, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1384264

RESUMO

O objetivo do presente estudo foi investigar a associação entre capital social e a incapacidade funcional, numa perspectiva longitudinal, utilizando dados da coorte de idosos de Bambuí, Minas Gerais, Brasil. A linha de base do estudo foi composta por todos os idosos sobreviventes e livres de incapacidade no sétimo ano de seguimento (2004), acompanhados até 2011. A variável desfecho foi a incapacidade funcional para as ABVD (atividades básicas de vida diária) e AIVD (atividades instrumentais de vida diária), analisadas separadamente. A exposição de interesse foi o capital social, mensurado por meio de seus componentes cognitivo (coesão e suporte social) e estrutural (participação social e satisfação com a vizinhança). Variáveis sociodemográficas, de condições de saúde e de hábitos de vida foram utilizadas para efeitos de ajuste, e a ocorrência de óbito foi considerada evento competitivo. A hipótese de associação entre capital social e incapacidade funcional foi testada por meio do modelo de riscos competitivos, que fornece hazard ratios (HR) e intervalos de 95% de confiança (IC95%). Após a análise multivariada, o capital social, em seu componente estrutural, esteve associado à incapacidade funcional. Idosos insatisfeitos com a vizinhança apresentaram risco maior de desenvolver incapacidade funcional para AIVD (HR = 2,36; IC95%: 1,31-4,24), em relação às suas contrapartes. Os resultados desse estudo sugerem que a incapacidade funcional está associada a outros aspectos que não somente da saúde, evidenciando a necessidade de desenvolver políticas e intervenções que abarquem aspectos ligados ao ambiente físico e social em que o idoso está inserido.


This study aimed to investigate the association between social capital and functional disability, based on a longitudinal perspective, using data from the cohort of older adults from Bambuí, Minas Gerais State, Brazil. The baseline of this study was composed of all surviving and disability-free - up until the seventh year of follow-up (2004) - older adults who were followed up until 2011. The outcome variable was functional disability for basic activities of daily living (ADL) and instrumental activities of daily living (IADL), separately analyzed. Social capital was the exposure of interest, measured through its cognitive (cohesion and social support) and structural (social participation and satisfaction with the neighborhood) components. Sociodemographic variables, health conditions, and lifestyle habits were used for adjustment purposes, and the occurrence of death was considered a competitive event. The hypothesis of association between social capital and functional disability was tested using the competing risk model, which provides hazard ratios (HR) and a 95% confidence interval (95%CI). After multivariate analysis, social capital - in its structural component - was associated with functional disability. Older adults who were dissatisfied with the neighborhood had a higher risk of developing functional disability for IADL (HR = 2.36; 95%CI: 1.31-4.24), in relation to their counterparts. This study results suggest that functional disability is associated with aspects other than health, evidencing the need for the development of policies and interventions that support aspects related to the physical and social environment in which older adults live.


El objetivo de este estudio fue investigar la asociación entre el capital social y la discapacidad funcional desde una perspectiva longitudinal, utilizando datos de la cohorte de ancianos de Bambuí, Minas Gerais, Brasil. La línea de base de este estudio estaba compuesta por todos los supervivientes de edad avanzada y sin discapacidad en el séptimo año de seguimiento (2004), seguidos hasta 2011. La variable de resultado fue la discapacidad funcional para las ABVD (actividades básicas de la vida diaria) y las AIVD (actividades instrumentales de la vida diaria), analizadas por separado. La exposición de interés fue el capital social, medido a través de sus componentes cognitivo (cohesión y apoyo social) y estructural (participación social y satisfacción con el barrio). Se utilizaron variables sociodemográficas, de condiciones de salud y de estilo de vida para los efectos de ajuste, y la ocurrencia de la muerte se consideró un evento competitivo. La hipótesis de asociación entre el capital social y la discapacidad funcional se probó mediante el modelo de riesgos competitivos, que proporciona tasas de riesgo (hazard ratios, HR) e intervalos del 95% de confianza (IC95%). Tras el análisis multivariante, el capital social en su componente estructural se asoció con la discapacidad funcional. Los ancianos insatisfechos con su vecindario tenían un mayor riesgo de desarrollar una discapacidad funcional para las AIVD (HR = 2,36; IC95%: 1,31-4,24) en comparación con sus homólogos. Los resultados sugieren que la discapacidad funcional está asociada a otros aspectos además de la salud, lo que pone de manifiesto la necesidad de desarrollar políticas e intervenciones que abarquen aspectos relacionados con el entorno físico y social en el que se insertan las personas mayores.


Assuntos
Humanos , Idoso , Pessoas com Deficiência/psicologia , Capital Social , Brasil , Atividades Cotidianas/psicologia , Estudos Longitudinais , Vida Independente
2.
Epidemiol. serv. saúde ; 31(1): e2021469, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1375392

RESUMO

Objetivo: Determinar a prevalência e fatores associados à intenção de se vacinar contra a COVID-19 entre idosos brasileiros. Métodos: Estudo seccional, baseado em entrevistas telefônicas de participantes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (60 anos ou mais), conduzidas em 70 municípios, em março de 2021. As análises foram realizadas mediante regressão logística multinomial. Resultados: Entre 4.364 participantes (idade média = 70,1 anos), 91,8% pretendiam se vacinar ou já haviam sido vacinados, 2,5% não tinham essa intenção e 5,7% estavam indecisos. Residentes do Norte e Sudeste brasileiros apresentaram maiores propensões para se vacinar, assim como aqueles com duas ou mais doenças crônicas. Os que se informam sobre a COVID-19 com amigos/familiares/mídia social foram mais propensos a estarem indecisos acerca da vacinação (odds ratio = 3,15; IC95% 1,28;7,77). Conclusão: Identificou-se uma das mais altas prevalências da intenção de se vacinar contra a COVID-19 descritas até a presente data.


Objetivo: Determinar la prevalencia y factores asociados a la intención de vacunarse contra el COVID-19 en ancianos brasileños. Métodos: Estudio seccional basado em entrevistas telefónicas con participantes del Estudio longitudinal de la salud del anciano brasileño con 60 años o más, realizadas en 70 municipalidades es en marzo de 2021. Resultados: Entre los 4.364 participantes (edad promedio = 70,1 años), el 91,8% tenía la intención de vacunarse o ya lo había hecho, el 2,5% no tienen esta intención y el 5,7% está indeciso. Los residentes de las regiones Norte y Sudeste era más propenso a vacunarse, al igual que aquellos con dos o más enfermedades crónicas. Los que se enteraron del COVID-19 a través de amigos/familiares/redes sociales estaban más indecisos sobre la vacunación (odds ratio = 3,15; IC95% 1,28;7,77). Conclusión: Los resultados muestran una de las mayores prevalencias de intención de vacunación contra el COVID-19 descritas en la literatura hasta la fecha.


Objective: To determine prevalence and factors associated with intention to get vaccinated against COVID-19 among older Brazilians. Methods: This was a cross-sectional study based on telephone interviews with participants of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil) aged 60 years and over, conducted in 70 municipalities in March 2021. Results: Among the 4,364 participants (mean age = 70.1 years), 91.8% intended to get vaccinated or had already been vaccinated, 2.5% did not intend to get vaccinated and 5.7% were undecided. Participants living in the North and Southeast regions were more likely to want to get vaccinated, as were those with two or more chronic diseases. Those who learned about COVID-19 from friends/family/social media were more likely to be undecided about vaccination (odds ratio = 3.15; 95%CI 1.28;7.77). Conclusion: The study identified one of the highest prevalence of intention to get vaccinated against COVID-19 described in the literature to date.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Recusa de Vacinação/tendências , Vacinas contra COVID-19 , COVID-19/prevenção & controle , COVID-19/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Saúde do Idoso , Estudos Transversais , SARS-CoV-2/imunologia
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(9): e00255420, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1339567

RESUMO

O presente trabalho objetivou examinar a associação entre a síndrome de fragilidade e a percepção de problemas em indicadores de atributos da atenção primária à saúde (APS) entre idosos brasileiros. É um estudo transversal envolvendo 5.432 participantes, com 60 anos ou mais, da primeira onda do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), realizado entre 2015 e 2016. A fragilidade, variável independente, foi definida com base no marco teórico do fenótipo de fragilidade, e os indicadores de problemas em atributos da APS, variáveis dependentes, foram obtidos baseando-se em perguntas relacionadas ao uso de serviços de saúde. Acesso, longitudinalidade, coordenação, integralidade, orientação familiar e adequação cultural foram os atributos avaliados. Utilizou-se modelos de regressão logística ajustados por fatores predisponentes, facilitadores e de necessidade de uso de serviços de saúde para a análise dos dados. Entre os participantes, 55,1% eram do sexo feminino, 57,9% tinham entre 60 e 69 anos e 51,8% referiram multimorbidade. Idosos frágeis e pré-frágeis representaram 13,4% e 54,5% da amostra, respectivamente. Resultados da análise multivariada mostraram que os idosos frágeis em comparação com os robustos apresentaram mais chances de apontar problemas de acesso (OR = 1,45; IC95%: 1,08-1,93), longitudinalidade (OR = 1,54; IC95%: 1,19-2,00) e integralidade (OR = 1,45; IC95%: 1,14-1,85), além de maior número de problemas em atributos da APS (OR = 1,38; IC95%: 1,05-1,82, para 5 ou mais). O estudo sugere a ocorrência de iniquidades na assistência prestada pela APS brasileira aos idosos frágeis, particularmente no âmbito dos atributos acesso, longitudinalidade e integralidade.


This study aimed to examine the association between frailty syndrome and the perception of problems in indicators of attributes in primary healthcare (PHC) among elderly Brazilians. This was a cross-sectional study with 5,432 participants 60 years or older in the first wave of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brasil), conducted in 2015 and 2016. Frailty, the independent variable, was defined according to the theoretical framework of the frailty phenotype, and the indicators of problems in PHC attributes, the dependent variables, were obtained from questions related to health services use. Access, longitudinal care, coordination, comprehensiveness, family orientation, and cultural adequacy were the target attributes. For the data analysis, logistic regression models were used, adjusted for predisposing, enabling, and need factors for use of health services. Among the participants, 55.1% were females, 57.9% were 60 to 69 years of age, and 51.8% reported multimorbidity. Frail and pre-frail elders accounted for 13.4% and 54.5% of the sample, respectively. Multivariate analyses showed that frail elders (compared to robust elders) showed higher odds of reporting problems with access (OR = 1.45; 95%CI: 1.08-1.93), longitudinal care (OR = 1.54; 95%CI: 1.19-2.00), and comprehensive care (OR = 1.45; 95%CI: 1.14-1.85), in addition to more problems with attributes of PHC (OR = 1.38; 95%CI: 1.05-1.82, for 5 or more). The study suggests the occurrence of inequities in the care provided by Brazilian PHC for frail elders, particularly in the attributes of access, longitudinal care, and comprehensiveness.


El objetivo de este trabajo fue examinar la asociación entre el síndrome de fragilidad y la percepción de problemas en indicadores de atributos de la atención primaria a la salud (APS) entre ancianos brasileños. Se trata de un estudio transversal implicando a 5.432 participantes, con 60 años o más, del primer grupo del Estudio Longitudinal de la Salud entre Ancianos Brasileños (ELSI-Brasil), realizado entre 2015 y 2016. La fragilidad -variable independiente- fue definida a partir del marco teórico del fenotipo de fragilidad, y los indicadores de problemas en atributos de la APS, variables dependientes, se obtuvieron a partir de preguntas relacionadas con el uso de servicios de salud. Acceso, longitudinalidad, coordinación, integralidad, orientación familiar y adecuación cultural fueron los atributos evaluados. Se utilizaron modelos de regresión logística ajustados por factores predisponentes, facilitadores, y de necesidad de uso de servicios de salud para análisis de datos. Entre los participantes, un 55,1% eran de sexo femenino, un 57,9% tenían entre 60 y 69 años y un 51,8% informaron de multimorbilidad. Los ancianos frágiles y prefrágiles representaron un 13,4% y un 54,5% de la muestra, respectivamente. Los resultados del análisis multivariado mostraron que los ancianos frágiles, en comparación con los fuertes, tuvieron más oportunidades de apuntar problemas de acceso (OR = 1,45; IC95%: 1,08-1,93), longitudinalidad (OR = 1,54; IC95%: 1,19-2,00) e integralidad (OR = 1,45; IC95%: 1,14-1,85), además de un mayor número de problemas en atributos de la APS (OR = 1,38; IC95%: 1,05-1,82, para 5 o más). El estudio sugiere la ocurrencia de inequidades en la asistencia prestada por la APS brasileña a ancianos frágiles, particularmente en el ámbito de los atributos acceso, longitudinalidad e integralidad.


Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Fragilidade , Percepção , Atenção Primária à Saúde , Brasil , Avaliação Geriátrica , Estudos Transversais , Estudos Longitudinais , Idoso Fragilizado , Pessoa de Meia-Idade
4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(1): e00016020, 2021. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1153663

RESUMO

This article aims to evaluate the joint and separate association between abdominal and general adiposity indicators and mortality. Data was collected from 1,366 older adults in the Bambuí Cohort Study of Aging with complete information for all variables of interest. The outcome variable was all-cause time until death; exposure variables were a body shape index (ABSI), waist circumference (WC), waist-to-height ratio (WHtR) and body mass index (BMI), assessed at the beginning of the study, and at the 3rd, 5th and 11th year of follow-up. Association between the quartiles of anthropometric indicators and mortality was calculated using an extended Cox proportional hazards model and adjusted for socioeconomic and behavioral confounding factors. Older adults in the 4th ABSI quartile had a higher risk of mortality regardless of BMI (1.27; 95%CI: 1.01-1.58), but this association was not observed in sensitivity analyses. Older adults in the 2nd, 3rd and 4th BMI quartiles had a lower risk of mortality, even when adjusted for WC or ABSI. WC and WHtR showed no association consistent with all-cause mortality after adjustment for confounding factors. Considering the loss of significance in the sensitivity analyses, ABSI's predictive capacity for mortality is still weak. Thus, adopting ABSI in clinical practice or in epidemiological surveys, in conjunction or replacing BMI and WC, requires more in-depth studies.


O estudo teve como objetivo avaliar a associação isolada e independente entre indicadores de adiposidade abdominal e índice de massa corporal (IMC) e mortalidade. O estudo usou dados de 1.366 idosos que tinham informações completos para todas as variáveis independentes no Estudo de Coorte de Idosos de Bambuí, Brasil. A variável dependente foi o tempo até o óbito por todas as causas, e as variáveis de exposição foram o índice de forma corporal (a body shape index - ABSI), circunferência de cintura (CC), razão cintura/estatura (RCE) e IMC, medidos na linha de base e aos 3º, 5º e 11º anos de seguimento. A associação entre os quartis de indicadores antropométricos e a mortalidade foi investigada usando um modelo estendido de riscos proporcionais de Cox ajustado por fatores de confusão socioeconômicos e comportamentais. Os idosos do 4º quartil do ABSI mostraram maior risco de mortalidade, independentemente de IMC (1,27; IC95%: 1,01-1,58), mas a associação não foi mantida nas análises de sensibilidade. Os idosos do 2º, 3º e 4º quartis de IMC mostraram risco menor de mortalidade, associação esta que foi mantida após ajustar para CC ou ABSI. Por outro lado, a CC e a RCE não mostraram associações consistentes com a mortalidade geral depois de ajustar para fatores de confusão. As análises mostraram que a capacidade preditiva do ABSI para mortalidade ainda é fraca, considerando a perda de significância nas análises de sensibilidade. Portanto, a possibilidade de adoção do ABSI na prática clínica ou em inquéritos epidemiológicos para complementar ou substituir o IMC e CC ainda precisa ser explorada com maior profundidade em estudos futuros.


El objetivo de este artículo es evaluar la asociación conjunta y separada entre los indicadores de adiposidad abdominal y general, y la mortalidad. Los datos se recogieron de 1.366 adultos mayores en el estudio de Cohorte Ancianos de Bambuí, Brasil, con información completa para todas las variables de interés. El resultado de la variable fue por cualquier causa hasta la muerte; las variables de exposición fueron índice de forma corporal (a body shape index - ABSI por sus siglas en inglés), circunferencia de cintura (WC), proporción cintura-altura (WHtR) e índice de masa corporal (BMI), evaluados al principio del estudio, y en el 3º, 5º y 11º año de seguimiento. Se calculó la asociación entre los cuartiles de indicadores antropométricos y mortalidad, usando un modelo extendido de Cox de riesgos proporcionales, y ajustado por factores de confusión socioeconómicos y comportamentales. Los adultos más viejos en el 4º cuartil ABSI tuvieron un riesgo mayor de mortalidad, independientemente del BMI (1,27; 95%CI: 1,01-1,58), pero esta asociación no fue observada en los análisis de sensibilidad. Los adultos más viejos en los 2º, 3º y 4º cuartiles de BMI tuvieron un riesgo más bajo de mortalidad, incluso cuando fue ajustado por WC o ABSI. WC y WHtR no mostraron asociación consistente con todas las causas de mortalidad tras el ajuste para factores de confusión. Considerando la pérdida de significación en los análisis de sensibilidad, la capacidad predictiva de ABSI para la mortalidad es todavía débil. De este modo, adoptar ABSI en la práctica clínica o en encuestas epidemiológicas, en conjunción o reemplazando BMI y WC, requiere más estudios en profundidad.


Assuntos
Humanos , Idoso , Envelhecimento , Mortalidade , Brasil/epidemiologia , Índice de Massa Corporal , Fatores de Risco , Estudos de Coortes , Relação Cintura-Quadril , Circunferência da Cintura
5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(supl.3): e00193920, 2020. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1132889

RESUMO

O objetivo do estudo foi examinar a prevalência do distanciamento social, do uso de máscaras e da higienização das mãos ao sair de casa entre adultos brasileiros com 50 anos ou mais de idade. Foram utilizados dados de 6.149 entrevistas telefônicas, conduzidas entre 26 de maio e 8 junho de 2020 dentre os participantes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil). O distanciamento social foi definido por não ter saído de casa nos últimos 7 dias. Somente 32,8% dos participantes do estudo não saíram de casa no período considerado, 36,3% saíram entre 1 e 2 vezes, 15,2% entre 3 a 5 vezes e 15,7% saíram todos os dias. As principais razões para sair de casa foram comprar remédios ou alimentos (74,2%), trabalhar (25,1%), pagar contas (24,5%), atendimento dem saúde (10,5%), fazer exercícios (6,2%) e encontrar familiares ou amigos (8,8%). Entre os que saíram de casa, 97,3% usaram sempre máscaras faciais e 97,3% sempre higienizaram as mãos. As mulheres saíram menos de casa que os homens. Esses saíram com mais frequência para trabalhar e fazer exercícios. Elas saíram mais para atendimento em saúde. Os homens (odds ratio - OR =1,84) aqueles com escolaridade mais alta (OR = 1,48 e 1,95 para 5-8 e 9 anos, respectivamente) e os residentes em áreas urbanas (OR = 1,54) saíram mais para realizar atividades essenciais, independentemente da idade e de outros fatores relevantes. Os resultados mostram baixa adesão ao distanciamento social, mas altas prevalências nos usos de máscaras e higienização das mãos.


El objetivo del estudio fue examinar la prevalencia del distanciamiento social, uso de mascarillas e higienización de las manos al salir de casa entre adultos brasileños con 50 años o más de edad. Se utilizaron datos de 6.149 entrevistas telefónicas, realizadas entre el 26 de mayo y el 8 junio de 2020 entre los participantes del Estudio Brasileño Longitudinal del Envejecimiento (ELSI-Brasil por sus siglas en portugués). El distanciamiento social fue definido por no haber salido de casa en los últimos 7 días. Solamente un 32,8% de los participantes del estudio no salieron de casa en el período considerado, 36,3% salieron entre 1 y 2 veces, 15,2% entre 3 a 5 veces y 15,7% salieron todos los días. Las principales razones para salir de casa fueron comprar medicamentos o alimentos (74,2%), trabajar (25,1%), pagar cuentas (24,5%), atención en salud (10,5%), hacer ejercicios (6,2%) y encontrar con familiares o amigos (8,8%). Entre los que salieron de casa, un 97,3% usaron siempre mascarillas faciales y un 97,3% higienizaron siempre las manos. Las mujeres salieron menos de casa que los hombres. Estos salieron con más frecuencia para trabajar y para hacer ejercicio. Ellas salieron más para la atención en salud. Los hombres (odds ratio - OR = 1,84), los con escolaridad más alta (OR = 1,48 y 1,95 para 5-8 y 9 años) y los residentes en áreas urbanas (OR = 1,54) salieron más para realizar actividades esenciales, independientemente de la edad y de otros factores relevantes. Los resultados muestran una baja adhesión al distanciamiento social, pero altas prevalencias en el uso de mascarillas e higienización de las manos.


The aim of the study was to examine the prevalence of social distancing, the use of face masks and hand washing when leaving home among Brazilian adults aged 50 or over. Data from 6,149 telephone interviews were used, conducted between May 26 and June 8, 2020 among participants in the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil). Social distancing was defined by not having left home in the last seven days. Only 32.8% of study participants did not leave home during the period considered, 36.3% left between one and two times, 15.2% between three and five times and 15.7% left every day. The main reasons for leaving home were to buy medicine or food (74.2%), to work (25.1%), to pay bills (24.5%), for health care (10.5%), to exercise (6.2%), and to meet family or friends (8.8%). Among those who left home, 97.3% always wore face masks and 97.3% always performed hand washing. Women left home less often than men. Men left home more often to work and exercise while women left home more often to seek healthcare. Men (odds ratio - OR = 1.84), those with higher education (OR = 1.48 and 1.95 for 5-8 and 9 years, respectively) and urban residents (OR = 1.54) left home more frequently to perform essential activities, regardless of age or other characteristics. Results show low adherence to social distancing, but high prevalence in the reported use of face masks and hand washing.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Idoso , Pneumonia Viral/prevenção & controle , Distância Psicológica , Desinfecção das Mãos , Infecções por Coronavirus/prevenção & controle , Máscaras , Pneumonia Viral/epidemiologia , Brasil , Envelhecimento , Estudos Longitudinais , Infecções por Coronavirus/epidemiologia , Coronavirus , Pandemias , Betacoronavirus , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Pessoa de Meia-Idade
6.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(supl.3): e00193320, 2020. tab
Artigo em Inglês, Espanhol | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1132894

RESUMO

Resumo: O objetivo do estudo foi examinar a prevalência e fatores associados a ter saído para trabalhar durante a epidemia da COVID-19, entre adultos com 50 anos ou mais que exerciam trabalho remunerado antes do seu início. Foram utilizados dados da segunda onda do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), conduzida por meio de entrevista face a face, entre agosto de 2019 e março de 2020 (antes do início da epidemia), em amostra nacional representativa de adultos com 50 anos ou mais, e dados obtidos por meio de entrevistas telefônicas realizadas entre esses participantes (iniciativa ELSI-COVID-19), conduzidas entre 26 de maio e 8 de junho de 2020 (durante a epidemia). As análises foram baseadas nas odds ratios (OR) estimadas pela regressão logística. A média de idade dos participantes foi 59,9 anos (DP = 6,5). A prevalência de ter saído para trabalhar nos sete dias anteriores foi de 38,4% (IC95%: 31,3-46,1), 50,2% entre os homens e 25,1% entre as mulheres (trabalho formal, por conta própria e informal). Os resultados mostraram que, entre os homens, a chance de ter saído para trabalhar foi menor entre aqueles de 60 a 69 anos em comparação com aqueles de 50 a 59 anos (OR = 0,27; IC95%: 0,15-0,48). Entre as mulheres, a probabilidade de ter saído para trabalhar foi menor entre aquelas que trabalhavam por conta própria (OR = 0,28; IC95%: 0,12-0,64) ou tinham vínculo informal de trabalho antes da epidemia (OR = 0,25; IC95%: 0,09-0,69), em comparação àquelas com vínculo formal de trabalho. Uma das hipóteses para explicar essa associação é que as mulheres com vínculo informal tenham sido dispensadas e aquelas que trabalhavam por conta própria tenham deixado de trabalhar durante a epidemia.


Resumen: El objetivo del estudio fue examinar la prevalencia y factores asociados a haber salido para trabajar durante la epidemia de la COVID-19, entre adultos con 50 años o más, que ejercían trabajo remunerado antes del inicio de la misma. Se utilizaron datos de la segunda fase del Estudio Brasileño Longitudinal del Envejecimiento (ELSI-Brasil), llevada a cabo mediante una entrevista cara a cara, entre agosto de 2019 y marzo de 2020 (antes del inicio de la epidemia), en una muestra nacional representativa de adultos con 50 años o más, y datos obtenidos por medio de entrevistas telefónicas realizadas entre estos participantes (iniciativa ELSI-COVID-19), realizadas entre el 26 de mayo y 8 de junio de 2020 (durante la epidemia). Los análisis se basaron en las odds ratios (OR) estimadas por regresión logística. La media de edad de los participantes fue 59,9 años (DP = 6,5). La prevalencia de haber salido para trabajar durante los siete días anteriores fue de un 38,4% (IC95%: 31,3-46,1), 50,2% entre hombres y un 25,1% entre las mujeres (trabajo formal, por cuenta propia e informal). Los resultados mostraron que, entre los hombres, la oportunidad de haber salido a trabajar fue menor entre aquellos con edades comprendidas entre los 60 a 69 años, en comparación con aquellos de 50 a 59 años (OR = 0,27; IC95%: 0,15-0,48). Entre las mujeres, la probabilidad de haber salido a trabajar fue menor entre aquellas que trabajaban por cuenta propia (OR = 0,28; IC95%: 0,12-0,64) o tenían un vínculo laboral informal antes de la epidemia (OR = 0,25; IC95%: 0,09-0,69), en comparación con aquellas con un vínculo laboral formal. Una de las hipótesis para explicar esta asociación es que las mujeres con un vínculo informal fueron dispensadas del servicio y aquellas que trabajaban por cuenta propia hayan dejado de trabajar durante la epidemia.


Abstract: The objective of this study was to examine the prevalence of going out to work during the COVID-19 epidemic, and the factors associated with this, among adults aged 50 years and over who were in paid employment before its onset. We used data from the second wave of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), conducted through face-to-face interviews between August 2019 and March 2020 (before the onset of the epidemic), in a representative national sample of adults aged 50 and over, and data obtained through telephone interviews carried out among the same participants (ELSI-COVID-19 initiative), conducted between May 26 and June 8, 2020 (during the epidemic). The analyses were based on odds ratios (OR) estimated by logistic regression. The participants' mean age was 59.9 years (SD = 6.5). The prevalence of going out to work in the previous seven days was 38.4% (95%CI: 31.3-46.1), 50.2% among men and 25.1% among women (formal work, self-employment, and informal work). The results showed that among men, the likelihood of going out to work was lower among those aged 60 to 69 years compared to those aged 50 to 59 years (OR = 0.27; 95%CI: 0.15-0.48). Among women, the likelihood was lower among those who were self-employed (OR = 0.28; 95%CI: 0.12-0.64) or in informal employment before the epidemic (OR = 0.25; 95%CI: 0.09-0.69), compared to those in formal employment. One of the hypotheses to explain this association is that women in informal employment were more likely to be dismissed, and that self-employed women have stopped working during the epidemic.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Idoso , Pneumonia Viral , Envelhecimento , Infecções por Coronavirus , Pandemias , Brasil/epidemiologia , Estudos Longitudinais , Betacoronavirus , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Pessoa de Meia-Idade
7.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(5): 1853-1864, Mai. 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1001794

RESUMO

Resumo O objetivo foi investigar as associações da incapacidade em três níveis (ABVD, AIVD e mobilidade) com doenças cardiovasculares, diabetes e multimorbidade, entre idosos residentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Estudo transversal em amostra representativa de adultos da RMBH, tendo sido selecionados 2.172 idosos (60 anos ou mais). A incapacidade, para cada domínio (ABVD, AIVD e mobilidade), foi avaliada como o relato de muita dificuldade ou necessidade de ajuda para realizar pelo menos uma atividade entre as investigadas, e as doenças autorreferidas incluíram hipertensão arterial, infarto do miocárdio e angina, acidente vascular encefálico (AVE), diabetes, e as combinações dessas doenças. Utilizou-se regressão de Poisson ajustada, estimando-se também a fração atribuível populacional. Houve importante contribuição do AVE para a incapacidade em todos os domínios, com destaque para as ABVD, bem como do infarto/angina na incapacidade em AIVD e mobilidade, sobretudo quando combinadas com diabetes e hipertensão. O perfil de multimorbidade pode ser usado para identificação de grupos vulneráveis, que deveriam ser alvo de ações de prevenção e reabilitação, reduzindo o custo financeiro e social desse evento entre idosos.


Abstract The scope of this paper was to investigate the associations of disability in three domains (BADL, IADL and mobility) with cardiovascular diseases, diabetes and multimorbidity profile, among the elderly living in the Metropolitan Region of Belo Horizonte (MRBH). A cross-sectional study was conducted with a representative sample of 2,172 elderly persons (60 years and over). Disability, for each domain (BADL, IADL and mobility), was assessed as reporting great difficulty or need for help to perform at least one activity among those investigated, and self-reported diseases included arterial hypertension, myocardial infarction or angina, stroke, diabetes, and combinations of these diseases. Adjusted Poisson regression was used, and the attributable population fraction was also estimated. A major contribution of Cerebral Vascular Accidents (strokes) to disability in all domains was observed, especially BADLs, as well as the presence of infarction or angina in disability in IADLs and mobility, especially when combined with diabetes and hypertension. The multimorbidity profile can be used to identify vulnerable groups, which should be the target of prevention and rehabilitation, reducing the financial and social cost of this event among the elderly.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Doenças Cardiovasculares/epidemiologia , Pessoas com Deficiência/estatística & dados numéricos , Acidente Vascular Cerebral/epidemiologia , Diabetes Mellitus/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Avaliação da Deficiência , Multimorbidade , Pessoa de Meia-Idade
8.
Rev. saúde pública (Online) ; 53: 21, jan. 2019. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-985834

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE: Investigate whether the use of psychoactive drugs would be a predictor of incidence of functional disability among seniors living in community. METHODS: It is a population-based longitudinal study, developed between January 1, 1997 and December 31, 2011, with older adults living in community. The association between the use of psychoactive drugs and the development of functional disability for instrumental (IADLs) and basic (BADLs) activities of daily living was tested using the extended Cox proportional hazards model, which considers the measure of exposure of interest throughout the follow-up period. The analyses were stratified by sex and adjusted by sociodemographic characteristics, health behavior and health conditions. RESULTS: After multivariate adjustment, the use of two or more psychoactive drugs in the female stratum was associated with disability for both IADLs (HR = 1.58; 95%CI 1.17-2.13) and BADLs (HR = 1.43; 95%CI 1.05-1.94), the use of benzodiazepines was associated with disability for IADLs (HR = 1.32; 95%CI 1.07-1.62), and the use of antidepressants was associated with disability for both IADLs (HR = 1.51; 95%CI 1.16-1.98) and BADLs (HR = 1.44; 95%CI 1.10-1.90). In the male stratum, the use of antipsychotics was associated with disability for IADLs (HR = 3.14; 95%CI 1.49-6.59). CONCLUSIONS: The study showed a prospective association between the use of psychoactive drugs and functional disability. These results indicate the need to carefully assess the prescription of psychoactive drugs for older adults and monitor their usage in order to detect damages to the health of users.


RESUMO OBJETIVO: Investigar se o uso de psicofármacos seria um preditor da incidência de incapacidade funcional entre idosos residentes em comunidade. MÉTODOS: Trata-se de um estudo longitudinal de base populacional, desenvolvido entre primeiro de janeiro de 1997 e 31 de dezembro de 2011, junto a idosos residentes em comunidade. A associação entre o uso de psicofármacos e o desenvolvimento de incapacidade funcional para atividades instrumentais (AIVD) e básicas (ABVD) de vida diária foi testada por meio do modelo de riscos proporcionais de Cox estendido, que considera a medida da exposição de interesse ao longo de todo o tempo de seguimento. As análises foram estratificadas por sexo e ajustadas por características sociodemográficas, comportamento em saúde e condições de saúde. RESULTADOS: Após ajuste multivariado, no estrato feminino o uso de dois ou mais psicofármacos foi associado à incapacidade tanto para AIVD (HR = 1,58; IC95% 1,17-2,13) quanto para ABVD (HR = 1,43; IC95% 1,05-1,94), o uso de benzodiazepínicos se manteve associado à incapacidade para AIVD (HR = 1,32; IC95% 1,07-1,62) e o uso de antidepressivos se manteve associado à incapacidade, tanto para AIVD (HR = 1,51; IC95% 1,16-1,98) quanto para ABVD (HR = 1,44; IC95% 1,10-1,90). No estrato masculino, o uso de antipsicóticos foi associado à incapacidade para AIVD (HR = 3,14; IC95% 1,49-6,59). CONCLUSÕES: O estudo evidenciou uma associação prospectiva entre o uso de psicofármacos e a incapacidade funcional. Esses resultados indicam a necessidade de avaliar cuidadosamente a prescrição de psicofármacos para idosos e monitorar o seu uso, buscando detectar prejuízos à saúde dos seus usuários.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Psicotrópicos/efeitos adversos , Atividades Cotidianas , Avaliação Geriátrica , Pessoas com Deficiência , Disfunção Cognitiva/induzido quimicamente , Fatores Socioeconômicos , Incidência , Estudos de Coortes , Estudos Longitudinais , Pessoa de Meia-Idade
9.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(3): e00129918, 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-989524

RESUMO

O objetivo do trabalho foi identificar os pontos de corte dos marcadores inflamatórios que melhor discriminassem a ocorrência da síndrome metabólica entre idosos residentes na comunidade. Foram utilizados os dados da linha de base da coorte de idosos conduzida na cidade de Bambuí, Minas Gerais, Brasil. A exposição de interesse foi a presença da síndrome metabólica, definida pelo critério Adult Treatment Panel III, e os desfechos incluíram os seguintes marcadores inflamatórios: citocinas (IL-1β, IL-6, IL-10, IL-12 e TNF), quimiocinas (CXCL8, CXCL9, CCL2, CXCL10 e CCL5) e proteína C-reativa (PCR). A definição dos pontos de corte dos marcadores inflamatórios foi baseada no método Classification and Regression Tree (CART). As associações entre esses marcadores e a síndrome metabólica foram estimadas por modelos de regressão logística, obtendo-se odds ratio e intervalos de 95% de confiança (IC95%), considerando o ajustamento por fatores de confusão. A prevalência da síndrome metabólica foi de 49,1%, e os níveis de IL-1β, IL-12 e TNF não se mostraram associados a essa exposição. Após ajustamento, a presença da síndrome metabólica foi associada a maiores valores de IL-6 e PCR e a menores valores de CXCL8 e CCL5. Associações significativas ainda foram observadas com níveis séricos intermediários de CXCL9 e CXCL10. Além disso, a combinação dos marcadores apresentou associação significativa e consistente com a síndrome metabólica. Além de demonstrar associação entre síndrome metabólica e uma ampla gama de biomarcadores, alguns ainda não descritos na literatura, os resultados ressaltam que essa associação ocorre em níveis muito inferiores aos já demonstrados, sugerindo que a síndrome metabólica desempenha importante papel no perfil inflamatório dos idosos.


El objetivo del trabajo fue identificar los puntos de corte de los marcadores inflamatorios que mejor discriminaran la ocurrencia del síndrome metabólico entre ancianos residentes en comunidades. Se utilizaron datos de referencia de una cohorte de ancianos, realizada en la ciudad de Bambuí, Minas Gerais, Brasil. La exposición de interés fue la presencia del síndrome metabólico, definida por el criterio Adult Treatment Panel III, y los desenlaces incluyeron los siguientes marcadores inflamatorios: citocinas (IL-1β, IL-6, IL-10, IL-12 e TNF), quimiocinas (CXCL8, CXCL9, CCL2, CXCL10 y CCL5) y proteína C-reactiva (PCR). La definición de los puntos de corte de los marcadores inflamatorios se basó en el método Classification and Regression Tree (CART). Las asociaciones entre esos marcadores y el síndrome metabólico se estimaron mediante modelos de regresión logística, obteniéndose odds ratio e intervalos con 95% de confianza, considerando el ajuste por factores de confusión. La prevalencia del síndrome metabólico fue de 49,1%, y los niveles de IL-1β, IL12 y TNF no se mostraron asociados a esa exposición. Tras el ajuste, la presencia del síndrome metabólico se asoció a mayores valores de IL-6 y PCR y a menores valores de CXCL8 y CCL5. Las asociaciones significativas se observaron incluso con niveles séricos intermedios de CXCL9 y CXCL10. Asimismo, la combinación de los marcadores presentó una asociación significativa y consistente con el síndrome metabólico. Además de demostrar asociación entre el síndrome metabólico y una amplia gama de biomarcadores, algunos todavía no descritos en la literatura, los resultados resaltan que esa asociación ocurre en niveles muy inferiores a los ya demostrados, sugiriendo que el síndrome metabólico desempeña un importante papel en el perfil inflamatorio de los ancianos.


The study aimed to identify the cutoff points for inflammatory markers that best discriminate the occurrence of metabolic syndrome in community-dwelling older adults. Baseline data were used from the elderly cohort in the city of Bambuí, Minas Gerais State, Brazil. The target exposure was presence of metabolic syndrome, defined according to the Adult Treatment Panel III criterion, and the outcomes included the following inflammatory markers: cytokines (IL-1β, IL-6, IL-10, IL-12 e TNF), chemokines (CXCL8, CXCL9, CCL2, CXCL10, and CCL5), and C-reactive protein (CRP). Definition of the cutoff points for the inflammatory markers was based on the Classification and Regression Tree (CART) method. The associations between these markers and metabolic syndrome were estimated by logistic regression models, obtaining odds ratios and 95% confidence intervals, considering adjustment for confounding factors. Prevalence of metabolic syndrome was 49.1%, and IL-1β, IL-12, and TNF levels were not associated statistically with this exposure. After adjustment, presence of metabolic syndrome was associated with higher IL-6 and CRP levels and lower CXCL8 and CCL5. Significant associations were also observed with intermediate serum CXCL9 and CXCL10 levels. The combination of markers also showed a significant and consistent association with metabolic syndrome. In addition to demonstrating an association between metabolic syndrome and a wide range of biomarkers (some not previously described in the literature), the results highlight that this association occurs at much lower levels than previously demonstrated, suggesting that metabolic syndrome plays an important role in the inflammatory profile of the older adults.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Biomarcadores/sangue , Quimiocinas/sangue , Síndrome Metabólica/diagnóstico , Brasil , Proteína C-Reativa , Estudos Prospectivos , Quimiocinas/classificação , Inflamação/sangue
10.
Rev. bras. epidemiol ; 22: e190039, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1003492

RESUMO

RESUMO: Introdução: A inflamação exerce um importante papel no processo de envelhecimento. Objetivo: Este estudo transversal objetiva examinar a associação entre marcadores inflamatórios e a ocorrência de hospitalizações entre idosos, considerando fatores predisponentes e facilitadores do uso de serviços de saúde e condições de saúde como potenciais fatores de confusão. Métodos: Foram utilizados dados de 1.393 participantes (≥ 60 anos) da linha de base da coorte de Bambuí. Os marcadores considerados foram dez citocinas e quimiocinas (interleucina (IL)-1, IL-6, IL-10, IL-12, fator de necrose tumoral (TNF), CCL2, CCL5, CXCL8, CXCL9 e CXCL10). A variável de desfecho foi a ocorrência de uma ou mais hospitalizações nos 12 meses precedentes. Resultados: Níveis séricos elevados da IL-6 apresentaram associações significantes com a ocorrência de hospitalizações (razão de prevalência - RP = 1,38; intervalo de confiança - IC95% 1,01 - 1,87; e RP = 1,38; IC95% 1,01 - 1,88, para os tercis intermediário e superior, respectivamente). Níveis elevados da CXCL9 também apresentaram associações independentes com o desfecho (RP = 1,38; IC95% 1,02 - 1,89 e RP = 1,46; IC95% 1,07 - 2,00, respectivamente). Os demais marcadores não apresentaram associações estatisticamente significantes com a ocorrência de hospitalizações. Conclusão: Entre os 10 marcadores examinados, IL-6 e CXCL9 apresentaram associação com a ocorrência de hospitalizações.


ABSTRACT: Introduction: Inflammation plays an important role in the aging process. Objective: This cross-sectional study aims to examine the association between inflammatory markers and hospitalizations among older adults, considering as potential confounding factors the predisposing and enabling factors for the use of health services and health conditions. Methods: We used data from 1,393 participants (≥ 60 years) in the baseline cohort from Bambuí. The markers assessed were ten cytokines and chemokines [interleukin (IL)-1, IL-6, IL-10, IL-12, tumor necrosis factor (TNF), CCL2, CCL5, CXCL8, CXCL9, and CXCL10]. The outcome variable was one or more hospitalizations in the preceding 12 months. Results: Elevated serum levels of IL-6 were significantly associated with hospitalizations [prevalence ratio (PR) = 1.38; confidence interval of 95% (95%CI) 1.02 - 1.87 and PR = 1.38; 95%CI 1.01 - 1.88 for the intermediate and highest tertiles, respectively]. High levels of CXCL9 were also independently associated with the outcome (PR = 1.38; 95%CI 1.01 - 1.89 and PR = 1.46; 95%CI 1.07 - 2.00, respectively). Other markers showed no statistically significant association with hospitalizations. Conclusion: Among the ten markers analyzed, only IL-6 and CXCL9 were associated with hospitalizations.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Citocinas/sangue , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Valores de Referência , Fatores de Tempo , Brasil , Biomarcadores/sangue , Modelos Logísticos , Fatores Sexuais , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Fatores Etários , Estatísticas não Paramétricas , Inflamação/sangue , Pessoa de Meia-Idade
11.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(7): e00091018, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1011714

RESUMO

Resumo: O objetivo foi quantificar a contribuição de comportamentos em saúde selecionados para a prevalência do controle da hipertensão junto a adultos brasileiros com 50 ou mais anos de idade. Foram analisados os dados do ELSI-Brasil. Foram incluídos, no estudo, 4.318 indivíduos com 50 anos ou mais, que relataram ter recebido diagnóstico médico de hipertensão arterial e faziam tratamento medicamentoso para ela. Os comportamentos em saúde selecionados foram: prática de atividade física, adoção de dieta saudável, não consumir de forma excessiva bebida alcoólica e nunca ter fumado. A contribuição de cada comportamento em saúde estudado para a prevalência do controle da hipertensão arterial foi estimada pelo método da atribuição, por meio do ajuste do Modelo Binomial de Riscos Aditivos, estratificado por sexo. A prevalência do controle da hipertensão foi de 50,7% (IC95%: 48,2; 53,1). De maneira geral, os comportamentos em saúde tiveram uma maior contribuição para o controle da hipertensão nas mulheres (66,3%) do que nos homens (36,2%). O consumo moderado de álcool foi o que mais contribuiu em ambos os sexos (52,7% em mulheres; 19% em homens), sendo destacada a sua contribuição para as mulheres. A prática de atividade contribuiu com 12,6% em mulheres e 10,7% em homens. Os demais comportamentos apresentaram maior relevância entre os homens: nunca ter fumado (3,4%) e consumo regular de verduras, legumes e frutas (3,1%). Esses resultados reforçam a necessidade de medidas que promovam a adoção de comportamentos saudáveis entre hipertensos para reduzir os níveis pressóricos, melhorar o efeito dos anti-hipertensivos e diminuir o risco cardiovascular.


Resumen: El objetivo fue cuantificar la contribución de comportamientos de salud, seleccionados para la prevalencia del control de la hipertensión, entre adultos brasileños con 50 o más años de edad. Se analizaron los datos de ELSI-Brasil. Se incluyeron en el estudio a 4.318 individuos, con 50 años o más, que informaron haber recibido un diagnóstico médico de hipertensión arterial y contaban con un tratamiento médico para la misma. Los comportamientos de salud seleccionados fueron: práctica de actividad física, adopción de una dieta saludable, no consumir de forma excesiva bebidas alcohólicas y no haber fumado nunca. La contribución de cada comportamiento de salud estudiado para la prevalencia del control de la hipertensión arterial se estimó mediante el método de la atribución, a través del ajuste del modelo binomial de riesgos añadidos, estratificado por sexo. La prevalencia del control de la hipertensión fue de un 50,7% (IC95%: 48,2; 53,1). De manera general, los comportamientos de salud tuvieron una mayor contribución para el control de la hipertensión en las mujeres (66,3%) que en los hombres (36,2%). El consumo moderado de alcohol fue lo que más contribuyó en ambos sexos (52,7% en mujeres; 19% en hombres), siendo destacada su contribución en el caso de las mujeres. La práctica de actividad contribuyó con un 12,6% en mujeres y un 10,7% en hombres. Los demás comportamientos presentaron mayor relevancia entre los hombres: no haber fumado nunca (3,4%) y consumo regular de verduras, legumbres y frutas (3,1%). Esos resultados refuerzan la necesidad de medidas que promuevan la adopción de comportamientos saludables entre hipertensos para reducir los niveles presóricos, mejorar el efecto de los antihipertensivos y disminuir el riesgo cardiovascular.


Abstract: This study aimed to measure the contribution of selected health behaviors to the prevalence of hypertension control in Brazilian adults 50 years or older, based on data from the ELSI-Brasil study. The study included 4,318 individuals 50 years or older who reported having received a medical diagnosis of hypertension and were taking antihypertensive medication. The selected health behaviors were: physical activity, healthy diet, not consuming excessive alcohol, and never having smoked. The contribution of each health behavior to prevalence of hypertension control was estimated by the attribution method, via adjustment of the binomial additive hazards model, stratified by sex. Prevalence of hypertension control was 50.7% (95%CI: 48.2; 53.1). Overall, health behaviors made a larger contribution to hypertension control in women (66.3%) than in men (36.2%). Moderate alcohol consumption made the largest contribution in both sexes, but particularly in women (52.7% in women versus 19% in men). Physical activity contributed 12.6% in women and 10.7% in men. The other behaviors were more relevant in men: never having smoked (3.4%) and regular consumption of vegetables, legumes, and fruits (3.1%). These results underline the need for measures to promote the adoption of healthy behaviors by hypertensive individuals to reduce blood pressure levels, improve the effectiveness of antihypertensive medication, and decrease their cardiovascular risk.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Comportamentos Relacionados com a Saúde , Inquéritos Epidemiológicos/estatística & dados numéricos , Hipertensão/prevenção & controle , Verduras , Brasil/epidemiologia , Consumo de Bebidas Alcoólicas/psicologia , Exercício Físico/psicologia , Avaliação Geriátrica , Fatores Sexuais , Prevalência , Estudos Longitudinais , Comportamento Alimentar/psicologia , Fumar Tabaco/psicologia , Frutas , Hipertensão/psicologia , Hipertensão/epidemiologia , Fabaceae , Pessoa de Meia-Idade
12.
Rev. saúde pública (Online) ; 52(supl.2): 3s, 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-979046

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To examine the factors associated with hospital use and their frequency in a nationally representative sample of the Brazilian population aged 50 years or older. METHODS Data from the baseline of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), conducted in 2015-2016, were used. Predisposing, enabling and need factors for the use of health services were considered. The analyzes were based on the Hurdle regression model and on estimates of population attributable risks. RESULTS Among 9,389 participants, 10.2% had been hospitalized in the previous 12 months. After adjusting for potential confounding variables, statistically significant associations (p < 0.05) were observed for need factors (previous medical diagnosis for chronic diseases and limitation to perform basic activities of daily living) and for enabling factors (living in a rural area and in the North and Midwest regions of the country). The analysis of population attributable risks (PAR) showed a hierarchy of the need factors for the occurrence of hospitalizations, with higher contributions by stroke (PAR = 10.7%) and cardiovascular disease (PAR = 10.0%), followed by cancer (PAR = 8.9%), difficulty to perform basic activities of daily living (PAR = 6.8%), depression (PAR = 5.5%), diabetes (PAR = 4.4% ) and hypertension (PAR = 2.2%). CONCLUSIONS Four of the major diseases associated with hospitalizations (stroke, cardiovascular disease, diabetes and hypertension) are part of the Brazilian list of primary care-sensitive hospitalizations. These results show that there is a window of opportunity to reduce unnecessary hospitalizations among older Brazilian adults through effective primary care actions.


RESUMO OBJETIVO Examinar os fatores associados à ocorrência e à frequência de hospitalizações em amostra nacional representativa da população brasileira com 50 anos ou mais. MÉTODOS Foram utilizados dados da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), conduzido em 2015-2016. Considerou-se fatores predisponentes, facilitadores e de necessidade para o uso de serviços de saúde. As análises foram baseadas no modelo de regressão Hurdle e em estimativas de riscos atribuíveis populacionais. RESULTADOS Entre 9.389 participantes, 10,2% foram hospitalizados nos 12 meses precedentes. Após ajustes por potenciais variáveis de confusão, associações estatisticamente significantes (p < 0,05) foram observadas para fatores de necessidade (história de diagnóstico médico para doenças crônicas e limitação para realizar atividades básicas de vida diária) e para fatores facilitadores (residência em zona rural e nas regiões Norte e Centro-Oeste do país). A análise dos riscos atribuíveis populacionais (RAP) mostrou uma hierarquização dos fatores de necessidade para a ocorrência de hospitalizações, com maiores contribuições do acidente vascular cerebral (RAP = 10,7%) e da doença cardiovascular (RAP = 10,0%), seguidos do câncer (RAP = 8,9%), da limitação para realizar atividades básicas da vida diária (RAP = 6,8%), da depressão (RAP = 5,5%), do diabetes (RAP = 4,4%) e da hipertensão (RAP = 2,2%). CONCLUSÕES Quatro entre as principais doenças associadas às hospitalizações (acidente vascular cerebral, doença cardiovascular, diabetes e hipertensão) fazem parte da lista brasileira de internações sensíveis à atenção primária. Esses resultados mostram que existe uma janela de oportunidades para a redução de hospitalizações desnecessárias entre adultos brasileiros mais velhos por meio de ações efetivas da atenção primária.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Fatores de Risco , Estudos Longitudinais , Pessoa de Meia-Idade
13.
Rev. saúde pública (Online) ; 52(supl.2): 13s, 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-979044

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the prevalence of adequate control of hypertension among older adults and to examine its association with predisposing and enabling factors and the need to use health services. METHODS The analysis was carried out with 4,148 participants (≥ 50 years) from the baseline of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), who reported being hypertensive and using antihypertensive medication. Adequate control of hypertension was defined as systolic and diastolic blood pressure below 140 mmHg and 90 mmHg, respectively. The following exploratory variables were included: age, sex, health behaviors, and body mass index (predisposing factors); region of residence, rural or urban residence, education level, socioeconomic status of the household, and coverage by private health plan (enabling factors); and medical diagnosis of diabetes (need). The multivariate analysis was performed using Poisson regression and binary logistic regression. RESULTS The prevalence of adequate control of hypertension was equal to 51.1% (95%CI 48.5-53.6). After adjusting for potential confounders, we observed statistically significant associations (p < 0.05) for education level > 4 years [prevalence ratio (PR) = 1.12 in relation to the lowest level], highest quintile of the socioeconomic status (PR = 1.22 in relation to the lowest quintile), coverage by private health plan (PR = 1.13), residence in the South (PR = 1.19) and Midwest regions (PR = 1.20) in relation to the Southeast region, and obesity (PR = 1.10). CONCLUSIONS Half of the population studied had adequate control of hypertension. The improvement of this control is an important challenge, which should consider overcoming social and regional inequalities associated with it.


RESUMO OBJETIVO Estimar a prevalência do controle adequado da hipertensão arterial sistêmica entre adultos mais velhos e examinar a sua associação com fatores predisponentes, facilitadores e de necessidade para o uso de serviços de saúde. MÉTODOS A análise foi conduzida em 4.148 participantes (≥ 50 anos) da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), que informaram ser hipertensos e estar em uso de medicação anti-hipertensiva. O controle adequado da hipertensão arterial foi definido pela pressão sistólica e diastólica inferior a 140 mmHg e 90 mmHg, respectivamente. As variáveis exploratórias incluíram: idade, sexo, comportamentos em saúde e índice de massa corporal (fatores predisponentes); macrorregião de residência, residência rural ou urbana, escolaridade, situação socioeconômica do domicílio e cobertura por plano privado de saúde (fatores facilitadores); diagnóstico médico para diabetes (fator de necessidade). A análise multivariada foi feita por meio da regressão de Poisson e regressão logística binária. RESULTADOS A prevalência do controle adequado da hipertensão arterial foi igual a 51,1% (IC95% 48,5-53,6). Após ajustes por potenciais variáveis de confusão, associações estatisticamente significativas (p < 0,05) foram observadas para escolaridade > 4 anos [razão de prevalência (RP) = 1,12 em relação ao nível inferior], quintil superior do nível socioeconômico (RP = 1,22 em relação ao quintil mais baixo), cobertura por plano privado de saúde (RP = 1,13), residência nas regiões Sul (RP = 1,19) e Centro-Oeste (RP = 1,20) em relação à região Sudeste, e obesidade (RP = 1,10). CONCLUSÕES Metade da população estudada apresentou controle adequado da hipertensão arterial. A melhora desse controle é um importante desafio, que deve considerar a superação das desigualdades sociais e regionais a ele associadas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Hipertensão/prevenção & controle , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Distribuição de Poisson , Estudos Longitudinais
14.
Rev. saúde pública (Online) ; 52(supl.2): 15s, 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-979033

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the prevalence of receipt of pensions and associated factors in a nationally representative sample of the Brazilian population aged 50 years and over. METHODS We used data from 9,130 participants from the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil) baseline survey. The outcome variable was receipt of pensions from any source. The exploratory variables were age, gender, residence by region and by urban/rural area, household arrangements, schooling, household assets, perception of income sufficiency, age when started working, number of chronic diseases, and functional limitation. The analyses were based on the Poisson and binary logistic regressions. RESULTS The prevalence of the receipt of pension was 54.3%. In the multivariate analysis, the following factors showed statistically significant (p < 0.05) associations with the outcome: age [Prevalence Ratio (PR) = 2.59 and 3.24 for 60-69 and 70 years], rural residence (PR = 1.23 ), residence in the Northeast, South and Southeast compared to the North (PR ranging from 1.18 to 1.23), living arrangements (PR = 1.07 and 1.15 for living with one person and living alone), perception of income sufficiency (PR = 1.08 and 1.15 for sometimes and always), functional limitation (PR = 1.13) and having 1 and ≥ 2 chronic diseases (PR = 1,09 and 1,17). Negative association was observed for 5-8 years of education. No association between age when the individual started working and the outcome was observed. Younger participants (50-59 years old) with ≥ 2 diseases or functional limitation were 31% and 63% more likely to receive pensions, respectively; the strength of these associations declined with age. CONCLUSIONS The results suggest that health conditions are important determinants of early retirement. Discussions to increase age to the retirement cannot be separated from those on improvements in the health conditions of the Brazilian population.


RESUMO OBJETIVO Descrever a prevalência do recebimento de aposentadorias e pensões e analisar seus fatores associados em amostra nacional da população com 50 anos ou mais. MÉTODOS Foram utilizados dados de 9.130 participantes da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil). O desfecho foi o recebimento do benefício por qualquer fonte. As variáveis exploratórias incluíram: idade, sexo, residência por região e zona urbana ou rural, arranjos domiciliares, escolaridade, bens domiciliares, suficiência da renda, idade em que começou a trabalhar, número de doenças crônicas e limitação funcional. As regressões de Poisson e logística binária foram utilizadas nas análises. RESULTADOS A prevalência do recebimento do benefício foi de 54,3%. Na análise multivariada, os seguintes fatores apresentaram associações significantes (p < 0,05) com o recebimento do benefício: idade [razão de prevalência (RP) = 2,59 e 3,24 para 60-69 e 70 anos], residência rural (RP = 1,23), residência no Nordeste, Sul e Sudeste em comparação ao Norte (RP variando entre 1,18 e 1,23), arranjos domiciliares (RP = 1,07 e 1,15 para morar com uma pessoa e para morar só), percepção da suficiência da renda (RP = 1,08 e 1,15 para às vezes e sempre suficiente), ter doenças crônicas (RP = 1,09 e 1,17 para 1 e ≥ 2) e limitação funcional (RP = 1,13). Associação negativa foi observada para escolaridade igual a 5-8 anos (RP = 0,88). O recebimento do benefício não foi associado com a idade em que começou a trabalhar. Participantes mais jovens (50-59 anos) com ≥ 2 doenças crônicas ou limitação funcional foram 31% e 63% mais propensos a receber o benefício. Com o aumento da idade, a força dessas associações diminuiu. CONCLUSÕES Os resultados sugerem que as condições de saúde são importantes determinantes da aposentadoria ou pensão precoce. As discussões para aumentar a idade da aposentadoria não podem ser separadas daquelas acerca de melhorias das condições de saúde da população brasileira.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Pensões/estatística & dados numéricos , Atividades Cotidianas , Doença Crônica/epidemiologia , População Rural , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Longitudinais , Pessoa de Meia-Idade
15.
Rev. saúde pública (Online) ; 52(supl.2): 5s, 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-979038

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the prevalence of the practice of physical activity (PA) among older Brazilian adults and associated factors. In addition, potential effect modifiers of the association between PA and age were investigated. METHODS We have analyzed data from 8,736 participants (92.8%) aged 50 and older from the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil). Physical activity was measured using the short version of the International Physical Activity Questionnaire. The outcome variable was defined as at least 150 minutes of weekly activities in all domains. The exploratory variables were age, sex, education, ethnicity, marital status, number of chronic diseases and medical appointments, and knowledge about or participation in public programs that encourage physical activity. Logistic regression and estimates of predicted probabilities were performed. RESULTS The prevalence of recommended levels of physical activity was 67.0% (95%CI 64.3-69.5). Physical activity was associated with age [odds ratio (OR) = 0.97; 95%CI 0.96-0.98], higher educational level (OR = 1.27; 95%CI 1.11-1.45 for 4-7 years and OR = 1.52; 95%CI 1.28-1.81 for eight years or more), participants who were married/ in a long term relationship (OR = 1.22; 95%CI 1.08-1.38), and those who reported knowledge about (OR = 1.34; 95%CI 1.16-1.54) or participation in (OR = 1.78; 95%CI 1.34-2.36) a program aimed at the practice of physical activity. Women and those with lower educational level (p value for interaction < 0.05) reported lower physical activity levels. CONCLUSIONS In addition to the association with marital status and health promotion programs, there were significant sex and educational level inequalities in physical activity decline later in life. These findings help the identification of groups more vulnerable to decreased physical activity levels with aging, as well as the planning of health promotion strategies, especially in older groups.


RESUMO OBJETIVO Descrever a prevalência da prática de atividade física entre adultos mais velhos brasileiros e os fatores associados a essa prática, além de identificar potenciais modificadores de efeito para a associação entre atividade física e idade. MÉTODOS Foram analisados dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), compreendendo 8.736 indivíduos (92,8%) com 50 anos ou mais. A atividade física foi aferida pela versão reduzida do Internati onal Physical Activi ty Questionnaire . A variável desfecho foi a prática de pelo menos 150 minutos de atividades semanais em todos os domínios. As variáveis exploratórias foram idade, sexo, escolaridade, cor da pele, estado conjugal, número de doenças crônicas e consultas médicas, e conhecer ou participar de programas públicos de incentivo à atividade física. As análises foram baseadas na regressão logística e nas estimativas de probabilidades preditas. RESULTADOS A prevalência de atividade física nos níveis recomendados foi de 67,0% (IC95% 64,3-69,5). A atividade física apresentou associação significativa com idade (OR = 0,97; IC95% 0,96-0,98) e foi mais comum na população com maior escolaridade (OR = 1,27; IC95% 1,11-1,45 para 4-7 anos e OR = 1,52; IC95% 1,28-1,81 entre aqueles com oito anos ou mais), entre os casados ou em união estável (OR = 1,22; IC95% 1,08-1,38) e entre aqueles que relataram conhecer (OR = 1,34; IC95% 1,16-1,54) ou participar (OR = 1,78; IC95% 1,34-2,36) de algum programa de incentivo à prática de atividade física. A redução da atividade física com a idade foi mais acentuada entre as mulheres e entre aqueles com menor escolaridade (valor de p para interação < 0,05). CONCLUSÕES Além da associação com estado conjugal e programas de promoção da saúde, foi possível observar uma importante desigualdade em relação ao gênero e escolaridade na redução da atividade física com a idade. Esse conhecimento permite caracterizar grupos mais vulneráveis à redução da atividade física com o envelhecimento e contribui para o planejamento de ações de promoção da saúde, sobretudo nas faixas etárias mais velhas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Exercício Físico , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Prevalência , Estudos Longitudinais , Fatores Etários , Promoção da Saúde , Pessoa de Meia-Idade
16.
Rev. saúde pública (Online) ; 52(supl.2): 8s, 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-979034

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To assess the prevalence and factors associated with cost-related underuse of medications in a nationally representative sample of Brazilians aged 50 years and over. METHODS Among the 9,412 participants of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), 6,014 reported using at least one medication on regular basis and were included in the analysis. Underuse of medications was by stopping taking or reducing the number of tablets or the dose of any prescribed medication for financial reasons. The theoretical framework used for the selection of the exploratory variables included predisposing factors, enabling factors, and factors of need. Associations were tested by Poisson regression. RESULTS The prevalence of underuse of medications was 10.6%. After adjustments for relevant covariables, positive and statistically significant associations (p < 0.05) with the outcome were found for females [prevalence ratio (PR) = 1.39], sufficiency of the family income for expenses (PR = 1.74 for sometimes and PR 2.42 for never), frequency with which the physician explains about the disease and treatment (PR = 1.31 for rarely or never), number of medications used (PR = 1.39 for 2-4 and 1.53 for 5 or more), fair (PR = 2.02) and poor or very poor self-rated health (PR = 2.92), and a previous medical diagnosis of depression (PR = 1.69). Negative associations were observed for the age groups of 60-79 years (PR = 0.75) and 80 years and over (PR = 0.43), socioeconomic status of the household (PR = 0.70, 0.79, and 0.60 for the second, third, and fourth quartile, respectively), and private health plan coverage (PR = 0.79). There were no associations between hypertension and self-reported diabetes and underuse of medications. CONCLUSIONS Cost-related underuse of medications is multidimensional and complex, and it covers socio-demographic characteristics, health conditions, and the use of health services. The explanation about the disease and its treatment to the patient and the expansion of the universal access to pharmaceutical care can minimize the risks of underuse.


RESUMO OBJETIVO Determinar a prevalência e os fatores associados à subutilização de medicamentos por motivos financeiros em amostra nacional representativa da população brasileira com 50 anos ou mais. MÉTODOS Entre 9.412 participantes do Estudo Longitudinal sobre a Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), 6.014 informaram usar medicamento(s) de uso contínuo e foram incluídos na análise. A subutilização de medicamentos foi definida como ter, por motivos financeiros, deixado de tomar ou ter diminuído o número de comprimidos ou a dose de algum medicamento receitado pelo médico. O marco teórico empregado para a seleção das variáveis exploratórias incluiu fatores predisponentes, capacitantes e de necessidade. As associações foram testadas por meio de regressão de Poisson. RESULTADOS A prevalência de subutilização de medicamentos foi de 10,6%. Após ajustes pertinentes, associações positivas e estatisticamente significantes (p < 0,05) com o desfecho foram observadas para o sexo feminino [razão de prevalência (RP) = 1,39]; renda familiar às vezes (RP = 1,74) e nunca (RP = 2,94) suficiente para as despesas; frequência com que o médico explica sobre a doença e tratamento (RP = 1,31 para raramente ou nunca); número de medicamentos utilizados (RP = 1,39 para 2-4 e 1,53 para 5 ou mais); autoavaliação da saúde razoável (RP = 2,02) e ruim ou muito ruim (RP = 2,92); e diagnóstico médico de depressão (RP = 1,69). Associações negativas foram observadas para idade igual a 60-79 (RP = 0,75) e 80 anos ou mais (RP = 0,43), posição socioeconômica do domicílio (RP = 0,70; 0,79 e 0,60 para o segundo, terceiro e quartil superior) e cobertura por plano privado de saúde (RP = 0,79). Não foram observadas associações entre hipertensão e diabetes autorreferidos e subutilização de medicamentos. CONCLUSÕES A subutilização de medicamentos por motivos financeiros tem caráter multidimensional e complexo, abrangendo características sociodemográficas, de condições de saúde e de utilização de serviços de saúde. Esclarecer ao paciente sobre a doença e o seu tratamento, e ampliar o acesso universal à assistência farmacêutica, podem minimizar os riscos da subutilização.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Uso de Medicamentos/economia , Adesão à Medicação/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Estudos Longitudinais , Uso de Medicamentos/estatística & dados numéricos , Pessoa de Meia-Idade
17.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(1): e00204016, 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-889849

RESUMO

Abstract: This study's objective was to assess the contribution of selected chronic diseases to the prevalence of disability in elderly Brazilians, based on data from the National Health Survey (PNS 2013). Disability was defined as some degree of difficulty in performing ten activities, considering three levels: (i) without disability; (ii) disabled only in some instrumental activity of daily living (IADL); and (iii) disabled in some basic activity of daily living (BADL). The multinomial additive hazards model was the attribution method used to assess the contribution of each self-reported chronic condition (hypertension, diabetes, arthritis, stroke, depression, heart disease, and lung disease) to the prevalence of disability in this population, stratified by sex and age bracket (60 to 74 years and 75 or older). Study participants included 10,537 elderly Brazilians with a mean age of 70.0 years (SD = 7.9 years) and predominance of women (57.4%). Prevalence rates for disability in at least one IADL and at least one BADL were 14% (95%CI: 12.9; 15.1) and 14.9% (95%CI: 13.8; 16.1), respectively. In general, the contribution of chronic diseases to prevalence of disability was greater in younger elderly (60 to 74 years) and in the group with greatest severity (disabled in BADL), highlighting the relevance of stroke and arthritis in men, and arthritis, hypertension, and diabetes in women. This knowledge can help orient health services to target specific groups, considering age, sex, and current illnesses, aimed at preventing disability in the elderly.


Resumo: O objetivo desse trabalho foi avaliar a contribuição de doenças crônicas selecionadas na prevalência de incapacidade de idosos brasileiros, com base nos dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013). A incapacidade foi definida como algum grau de dificuldade para execução de dez atividades, considerando três níveis: (i) sem incapacidade; (ii) incapaz somente para alguma atividade instrumental de vida diária (AIVD); e (iii) incapaz para atividade básica de vida diária (ABVD). O modelo aditivo de riscos multinomial foi o método de atribuição utilizado para avaliar a contribuição de cada condição crônica auto referida (hipertensão, diabetes, artrite, acidente vascular cerebral - AVC, depressão, doenças do coração e do pulmão) na prevalência da incapacidade dessa população, estratificada por sexo e faixa etária (60 a 74 e 75 anos ou mais). Participaram desse estudo 10.537 idosos brasileiros, com idade média de 70,0 anos (DP = 7,9 anos) e predomínio de mulheres (57,4%). A prevalência de incapacidade para pelos menos uma AIVD e para pelo menos uma ABVD foi de 14% (IC95%: 12,9; 15,1) e 14,9% (IC95%: 13,8; 16,1), respectivamente. De maneira geral, a contribuição das doenças para a prevalência da incapacidade foi maior entre os idosos mais jovens (60 a 74 anos) e para o grupo com maior gravidade (incapaz par ABVD), destacando-se a relevância do AVC e artrite entre os homens e da artrite, hipertensão e diabetes entre as mulheres. Esse conhecimento pode direcionar a atuação dos serviços de saúde a grupos específicos, considerando idade, sexo e doenças presentes, visando à prevenção da incapacidade entre idosos.


Resumen: El objetivo de este trabajo fue evaluar la contribución de algunas enfermedades crónicas seleccionadas en la prevalencia de incapacidad de ancianos brasileños, basándose en los datos de la Encuesta Nacional de Salud (2013). La incapacidad fue definida como algún grado de dificultad para la ejecución de diez actividades, considerando tres niveles: (i) sin incapacidad; (ii) incapaz sólo para alguna actividad instrumental de la vida diaria (AIVD); e (iii) incapaz para la actividad básica de vida diaria (ABVD). El modelo aditivo de riesgos multinomial fue el método de atribución utilizado para evaluar la contribución de cada condición crónica autorreferida (hipertensión, diabetes, artritis, accidente cerebrovascular -ACV, depresión, enfermedades del corazón y del pulmón) en la prevalencia de la incapacidad de esa población, estratificada por sexo y franja etaria (60 a 74 y 75 años o más). Participaron en este estudio 10.537 ancianos brasileños, con una edad media de 70,0 años (DP = 7,9 años) y predominio de mujeres (57,4%). La prevalencia de incapacidad para al menos una AIVD y al menos una ABVD fue de un 14% (IC95%: 12,9; 15,1) y un 14,9% (IC95%: 13,8; 16,1), respectivamente. De manera general, la contribución de estas enfermedades en la prevalencia de incapacidad fue mayor entre los ancianos más jóvenes (60 a 74 años) y para el grupo con mayor gravedad (incapaz para ABVD), destacándose la relevancia del ACV y artritis entre los hombres, y de la artritis, hipertensión y diabetes entre las mujeres. Estos resultados pueden orientar la actuación de los servicios de salud hacia grupos específicos, considerando edad, sexo y enfermedades presentes, con el fin de prevenir la incapacidad entre ancianos.


Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Atividades Cotidianas , Doença Crônica/epidemiologia , Pessoas com Deficiência/estatística & dados numéricos , Artrite/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Fatores Sexuais , Doença Crônica/classificação , Prevalência , Inquéritos e Questionários , Inquéritos Epidemiológicos , Fatores Etários , Acidente Vascular Cerebral/epidemiologia , Diabetes Mellitus/epidemiologia , Avaliação da Deficiência
18.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(7): e00141917, 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-952429

RESUMO

Psychosocial factors appear to be associated with increased risk of disability in later life. However, there is a lack of evidence based on long-term longitudinal data from Western low-middle income countries. We investigated whether psychosocial factors at baseline predict new-onset disability in long term in a population-based cohort of older Brazilians adults. We used 15-year follow-up data from 1,014 participants aged 60 years and older of the Bambuí (Brazil) Cohort Study of Aging. Limitations on activities of daily living (ADL) were measured annually, comprising 9,252 measures. Psychosocial factors included depressive symptoms, social support and social network. Potential covariates included sociodemographic characteristics, lifestyle, cognitive function and a physical health score based on 10 self-reported and objectively measured medical conditions. Statistical analysis was based on competitive-risk framework, having death as the competing risk event. Baseline depressive symptoms and emotional support from the closest person were both associated with future ADL disability, independently of potential covariates wide range. The findings showed a clear graded association, in that the risk gradually increased from low emotional support alone (sub-hazard ratio - SHR = 1.11; 95%CI: 1.01; 1.45) to depressive symptoms alone (SHR = 1.52; 95%CI: 1.13; 2.01) and then to both factors combined (SHR = 1.61; 95%CI: 1.18; 2.18). Marital status and social network size were not associated with incident disability. In a population of older Brazilian adults, lower emotional support and depressive symptoms have independent predictive value for subsequent disability in very long term.


Fatores psicossociais parecem estar associados a um aumento do risco de incapacidade em idosos. Entretanto, faltam evidências baseadas em dados longitudinais de longo prazo em países ocidentais de renda baixa e média. Investigamos se os fatores psicossociais presentes na linha de base predizem a incapacidade incidente no longo prazo em uma coorte populacional de idosos brasileiros. Usamos dados do seguimento de 15 anos de 1.014 participantes com 60 anos de idade ou mais do Estudo de Coorte de Idosos de Bambuí, Minas Gerais, Brasil. Foram medidas anualmente as limitações nas atividades de vida diária (AVD), totalizando 9.252 mensurações. Os fatores psicossociais incluíram sintomas depressivos, apoio emocional e rede social. As variáveis independentes incluíram características sociodemográficas, estilo de vida, função cognitiva e uma escala de saúde física com dez condições clínicas autorrelatadas e medidas objetivas. A análise estatística foi baseada em um modelo de risco competitivo, tendo o óbito como evento de risco competitivo. Os sintomas depressivos na linha de base e o apoio emocional da pessoa mais próxima estiveram associados à incapacidade futura nas AVD, independentemente da grande amplitude das variáveis independentes. Os achados mostraram um claro gradiente de associação, onde o risco aumentou progressivamente desde o baixo apoio emocional isoladamente (sub-hazard ratio - SHR = 1,11; IC95%: 1,01; 1,45) para sintomas depressivos isoladamente (SHR = 1,52; IC95%: 1,13; 2,01) até a combinação de ambos os fatores (SHR = 1,61; IC95%: 1,18; 2,18). O estado civil e o tamanho da rede social não mostraram associação com a mortalidade incidente. Em uma população de idosos brasileiros, o apoio emocional baixo e sintomas depressivos apresentam valores preditivos independentes em relação à incapacidade subsequente no prazo muito longo.


Los factores psicosociales parecen que estaban asociados con un aumento del riesgo de sufrir discapacidad más adelante a lo largo de la vida. Sin embargo, existe una falta de evidencias en los datos a largo plazo de carácter longitudinal, procedentes de países occidentales con una renta medio-baja. Investigamos si los factores psicosociales como base de referencia predicen un surgimiento de discapacidad a largo plazo en una cohorte de población, basada en adultos ancianos brasileños. Se realizó un seguimiento durante 15 años con datos de 1.014 participantes con 60 años y de mayor edad en el Estudio de Cohorte Envejecimiento de Bambuí (Brasil). Las limitaciones en las actividades de la vida diaria (ADL por sus siglas en inglés) fueron medidas anualmente, comprendiendo 9.252 medidas. Se trabajó con factores psicosociales, incluidos síntomas depresivos, apoyo social y tejido social. Las covariables potenciales incluyeron características sociodemográficas, estilo de vida, función cognitiva y un marcador de salud física, basado en 10 condiciones médicas autoinformadas y medidas objetivamente. El análisis estadístico estaba basado en un marco de riesgo competitivo, considerando la muerte como riesgo competitivo. Las bases de referencia de los síntomas depresivos y el apoyo emocional de la persona más cercana estuvieron asociadas con una futura discapacidad ADL, independientemente del extenso rango de potenciales covariables. Los resultados muestran un clara asociación graduada, en la que el riesgo gradualmente aumentó desde un bajo apoyo emocional solo (sub-hazard ratio - SHR = 1,11; IC95%: 1,01; 1,45) para síntomas depresivos sólo (SHR = 1.52; IC95%: 1,13; 2,01) y luego para ambos factores combinados (SHR = 1,61; IC95%: 1.18; 2.18). El estado marital y el tamaño del tejido social no estuvieron asociados con la incidencia de discapacidad. En una población de adultos mayores brasileños, un apoyo emocional más bajo y síntomas depresivos poseen un valor predictivo independiente para una consecuente discapacidad a muy largo plazo.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Apoio Social , Atividades Cotidianas/psicologia , Pessoas com Deficiência/psicologia , Depressão/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Avaliação Geriátrica/estatística & dados numéricos , Valor Preditivo dos Testes , Fatores de Risco , Estudos de Coortes , Seguimentos , Inquéritos Epidemiológicos/estatística & dados numéricos , Estado Civil , Pessoas com Deficiência/classificação , Idade de Início , Depressão/complicações
19.
Braz. dent. j ; 28(5): 638-646, Sept.-Oct. 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-888692

RESUMO

Abstract This study aimed to evaluate the psychometric properties of an instrument to assess comprehensiveness of care from dentists using a combination of classical test theory and item response theory. A 46-item instrument was developed and tested by a panel of experts, followed by a pilot test and administration to 187 primary care dentists in a large Brazilian city. The 46 items were evaluated using the following criteria: acceptability, internal consistency, temporal stability, inter-item correlation, and tetrachoric correlation. This evaluation led to a shortened version consisting of 11 items that met all the criteria previously described. The temporal stability was measured using Cohen's kappa, and all 11 items presented values greater than 0.5. The Cronbach's alpha value was 0.72. None of the 11 items had missing data on the distribution of responses, and the model considering the discrimination as varying fit the data better than the model considering discrimination as a constant parameter (p<0.001). Item characteristic curves showed that 54.5% of items could be considered difficult, i.e., only dentists with a good understanding of comprehensiveness responded favorably. The 11-item instrument to assess comprehensiveness of care by dentists is considered to have good psychometric properties.


Resumo Objetivou-se avaliar as propriedades psicométricas de um instrumento para avaliar a integralidade do cuidado por dentistas, usando uma combinação da teoria clássica e teoria da resposta ao item. Um instrumento com 46 itens foi desenvolvido e testado por um painel de experts, seguido por um teste piloto e aplicação em 187 dentistas da atenção primária de uma grande cidade brasileira. Os seguintes critérios foram utilizados para avaliar os 46 itens: aceitabilidade, consistência interna, estabilidade temporal, correlação inter-item e correlação tetracórica. Essa avaliação resultou em uma versão reduzida de 11 itens que preencheram todos os critérios descritos acima. A estabilidade temporal foi medida utilizando o Cohen Kappa. Os 11 itens apresentaram valores maiores que 0,5. O alfa de Cronbach foi de 0,72. Nenhum dos 11 itens apresentou perda na distribuição das respostas, e o modelo que considera a discriminação como variante se adequa melhor aos dados do que o modelo que considera a discriminação como um parâmetro constante (p <0,001). Curvas características mostraram que 54,5% dos itens pode ser considerado difícil, ou seja, apenas os dentistas com uma boa compreensão da integralidade respondeu favoravelmente. O instrumento de 11 itens para avaliar a integralidade do cuidado por dentistas é considerado como tendo boas propriedades psicométricas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Assistência Integral à Saúde , Serviços de Saúde Bucal , Odontólogos , Psicometria , Brasil
20.
Cad. saúde pública (Online) ; 33(3): e00130815, 2017. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-839670

RESUMO

Foram examinados indicadores de comportamentos em saúde e uso de serviços preventivos em duas amostras probabilísticas de adultos, uma em 2003 (n = 13.757) e outra em 2010 (n = 12.983), cobertas ou não por planos privados de saúde, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Após ajustamentos por fatores demográficos, variação temporal e fonte de atenção, houve redução da prevalência do tabagismo, semelhante entre aqueles sem e com plano privado de saúde, no período compreendido de 2003 a 2010. No mesmo período, a prevalência do consumo excessivo de bebidas alcoólicas, assim como do sedentarismo no cotidiano, aumentou nos dois grupos e, com igual magnitude, diminuiu a prevalência de atividades físicas no lazer. Não foram observadas mudanças na prevalência de aferição da pressão arterial, mas a prevalência da realização de dosagem de colesterol, da realização da mamografia e da citologia oncótica do colo uterino aumentou mais acentuadamente entre indivíduos não filiados a planos de saúde.


This study analyzed indicators for health behaviors and use of preventive services in two probabilistic samples of adults, one in 2003 (n = 13,757) and the other in 2010 (n = 12,983), with and without private health insurance in Greater Metropolitan Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil. After adjusting for demographic variables, temporal variation, and source of care, there was a reduction in smoking prevalence, similar between individuals with and without private health insurance, from 2003 to 2010. During this same period the prevalence of excessive alcohol intake and sedentary lifestyle increased in both groups; with the same magnitude, there was a decrease in the prevalence of leisure-time physical activity. No changes were observed in the prevalence of blood pressure measurement, but the prevalence of cholesterol testing, mammogram, and Pap smear increased more sharply in individuals without health insurance.


Se examinaron indicadores de comportamientos en salud y uso de servicios preventivos en dos muestras probabilísticas de adultos, una en 2003 (n = 13.757) y otra en 2010 (n = 12.983), cubiertas o no por planes privados de salud, en la región metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Tras ajustes por factores demográficos, variación temporal y fuente de atención, hubo una reducción de la prevalencia del tabaquismo, semejante entre aquellos sin y con el plan privado de salud, durante el período comprendido de 2003 a 2010. En el mismo período, la prevalencia del consumo excesivo de bebidas alcohólicas, así como el sedentarismo en el día a día, aumentó en los dos grupos y, con igual magnitud, disminuyó la prevalencia de actividades físicas en el ocio. No se observaron cambios en la prevalencia de la medición de la presión arterial, pero la prevalencia de la realización de controles de colesterol, realización de mamografías y de la citología oncológica de cuello uterino aumentó más acentuadamente entre individuos no afiliados a planes de salud.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Serviços Preventivos de Saúde , Planos de Pré-Pagamento em Saúde/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , População Urbana , Brasil , Seguro Saúde
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA